desyre

As relações dão pulos. Crescem quando nos sentamos e os cotovelos namoram a mesa da cozinha. E falamos. E rimos. E brincamos. As relações dão pulos quando nos deitamos na cama com a cabeça pousada nos cobertores e olhamos o tecto inclinado e sujo. As relações dão pulos. E tu encontras-me a rir porque eu já conheço um bocadinho de ti. As relações dão pulos e nós também.

e eu sem vos dar a atenção que gostaria. lembrei-me dos pulos, hoje. reli. e ouvi de novo o teu epá!... quando mostrei. as palavras que não precisamos de usar. o nevoeiro entrou pela encosta adentro, poisa na varanda e cobre a piscina. lembrei-me de quando nos surpreendeu lá em baixo, de quando tanta coisa não coube nas palavras e tu agradeceste quando partiram. não era preciso. e sabias. e eu também. não dei a atenção que gostaria, mas as paredes estavam menos nuas e agradeceram quando partiram. eu também. mas não disse. tu disseste. são tantas as vezes que não sei ser.

olha um beijo!

óia, eu acabou de ver aquela coisa do a maiúsculo, tu sabe, aquela do pff, uma caquita que não prestou para nada! e tu não imagina o que eu te insultou nos intervalos das gargalhadas escandalosamente sonoras... AH, CRIANÇA! [enquanto os olhos riem para dentro com o teu ar indignado] tu tem a certeza que não adormeceu no genérico?

prontos, vai agora até à vila enfiar o raio da caixa na máquina muito a contragosto. organiza-te lá para lanchinho e depois apita.

(ando leve, sim, quase alegre, e tu não imagina a quantidade de papoilas que encontro diariamente por onde quer que passe.)

:beijo:

(e hoje, só porque sim, vou lá escrever um 'palpão no gajo!)

opá! Kings foi... bolas, eu sei lá! Havia gente a chorar baixinho, pés a bater silenciosamente ao ritmo das cordas, sorrisos por todo o lado e toques discretos nos dedos de quem, afinal, estava ali ao lado. para o que desse e viesse. e eles são tão... bolas, eu sei lá! às tantas, já meia sala estava sentada no meio do palco e eu perguntava-me se tudo aquilo não viria abaixo. e mesmo assim tenho a certeza que todos ririam e rebolariam por ali abaixo e continuariam a sacudir a cabeça e os braços e as pernas como se o fim não chegasse nunca mais.

opá, Kings foi DO CAIÁIO!!!

prontos.

(maratona de dança hoje ao fim da tarde? aconteceu-me uma coisa estranha, quando fui comprar o meu bilhete. distraí-me e a senhora enfiou-me mais dois no meio da mão sem que desse por isso, vê lá bem, dois. o que é que eu faço com mais dois bilhetes? ah! agora reparo, vocês são dois... )

olha um beijo!

e eu a tu.

Twenty-five whores in the room next door
Twenty-five floors and I need more
I'm looking for the can in the candy store...

lalalalalala

a tua prostitutazinha (eu) foi sacudir o cabelo, a roupa escura e a cara eriçada para a arena do Coliseu. e berrou que nem um condenado a cada acorde reconhecido no meio do nevoeiro instalado no palco. e escorreu os dedos todos para dentro das mangas. e encolheu o pescoço na gola subida. e cansou-se. cansou-se verdadeiramente a cada sorriso de olhos fechados, o tempo todo sacudido ao ritmo do corpo.

às vezes quase me esqueço de que afinal essa coisa da vida a passar pode ser muito simples e descomplicada.

olha aqui um coração...

(linda martini na Sexta à noite? que tal?)

e lábios também...

só faltou o abraço.

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:riso baixinho e traquina:

olha o que eu apanhei. aquela sequência deve querer dizer alguma coisa, julgo eu

:coração:

Sabes, a nossa putinha (Molko) está de volta!!! E mais decadente do que nunca o que é um perigo porque depois eu não consigo ficar quieto ao volante e desato aos pulinhos e perco o controlo das mãos e abano muito a cabeça... Uma desgraça, é bem verdade Já tinha saudades de vir até aqui e tu se calhar nem cá passas, mas olha, deixo-te aqui aquela frase de que te falei e da qual não me consegui lembrar
Pois é... a PI E uma PI à minha medida, pois então!


talvez escreva, talvez não escreva. talvez me canse da liberdade, do não dever nada a ninguém, talvez não me canse. nem todos seremos aquilo que sempre se esperou que fôssemos.